Ginecologia

É a especialidade que trata de doenças do sistema reprodutor feminino – útero, vagina e ovários.
Aconselhamento pré-concepção
O aconselhamento pré-concepção consiste em fornecer informações e elucidar dúvidas com o objetivo de reduzir fatores de risco que podem afetar a gravidez. Envolve informações importantes sobre a saúde reprodutiva do casal.
Prevenção de câncer ginecológico
O câncer ginecológico compreende o câncer de colo do útero, câncer de endométrio e câncer de ovário. O câncer de colo do útero tem a sua prevenção baseada nos exames de colposcopia associados ao exame de Papanicolau (exame preventivo).
Colposcopia
É um exame realizado em consultório médico por meio de aparelho chamado colposcópio, onde são examinadas vagina, vulva e colo uterino. Busca detectar lesões cancerosas ou pré-cancerosas, direcionar biópsias e diagnosticar patologias do trato genital inferior.
Endoscopia ginecológica
Através de um pequeno aparelho chamado endoscópio, esta técnica visualiza o interior do abdômen e dos órgãos genitais. A endoscopia ginecológica é subdividida em dois grupos: laparoscopia e histeroscopia, que podem ser diagnósticas e cirúrgicas.
Menopausa
Menopausa é o período fisiológico determinado pelo encerramento dos ciclos menstruais e ovulatórios. Inicia-se um ano após o último fluxo menstrual, na transição chamada de climatério, quando a mulher pode menstruar ocasionalmente. Neste importante estágio na vida da mulher, ocorrem transformações em seu organismo que aumentam a possibilidade de aparecimento e agravamento de doenças. Não há uma idade exata para a menopausa: varia de mulher para mulher e geralmente ocorre entre 45-55 anos de idade.

Obstetrícia

É a especialidade que estuda a reprodução da mulher. Investiga a gestação, o parto e o puerpério nos aspectos fisiológicos e patológicos.
Pré-natal de baixo risco e alto risco
O pré-natal é o acompanhamento médico durante a gestação, a fim de manter as condições e a integridade de saúde da mãe e do bebê. Durante toda a gravidez, são realizados exames físicos e laboratoriais para identificar e tratar doenças, além de acompanhar doenças pré-existentes e evitar complicações. A periodicidade das consultas obstétricas é individualizada para cada gestação, se for considerada de baixo ou alto risco – a gravidez é de alto risco quando há uma probabilidade mais elevada do que o habitual de se produzirem complicações na gravidez ou no próprio feto, por vários motivos.
Medicina fetal
Esta especialidade realiza o acompanhamento detalhado de gestações por meio de aconselhamento genético, ultrassonografia e procedimentos invasivos, sempre visando o bem-estar da mãe e do feto.
Cardiotocografia
É um exame não invasivo realizado para avaliar o bem-estar do feto, por meio de monitorização da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas.
Amniocentese
Procedimento realizado por meio de ultrassom. Consiste na coleta de líquido amniótico para fins diagnósticos. A indicação mais habitual da amniocentese é o rastreamento de doenças genéticas do feto.
Biópsia de Vilo Corial
Procedimento realizado por meio de ultrassom. Consiste na coleta de material da placenta para avaliação de cromossomos fetais e diagnóstico de doenças genéticas no feto.

Mastologia

É a especialidade médica que se dedica ao estudo das glândulas mamárias com o objetivo de prevenir, diagnosticar e tratar doenças benignas e malignas da mama.
Prevenção do câncer de mama

A prevenção do câncer de mama consiste de exame clínico detalhado e mais dois exames rotineiros:

Mamografia: Exame radiológico das mamas. Permite detectar o câncer precocemente, antes mesmo que ele seja palpável ou se manifeste por outros sinais clínicos, permitindo o aumento expressivo de chances de cura. A partir dos 40 anos, toda mulher deve fazer a mamografia anualmente, mesmo que não sinta nada nas mamas.

Ultrassonografia mamária: Exame não invasivo que expõe parte do corpo a ondas sonoras de alta frequência para produzir imagens internas da estrutura mamária. Os exames de ultrassom não utilizam radiação ionizante, como a usada nos raios-X.

Cirurgia para tratamento do câncer de mama

A cirurgia para tratamento do câncer de mama é uma das que mais evoluiu nas últimas décadas. Anteriormente, qualquer tumor mamário era tratado com a mastectomia total, que retirava completamente a glândula mamária e a pele que a recobre. Com a introdução da cirurgia conservadora, que retira tumores com o auxílio da radioterapia, era garantida a preservação da mama com taxas de sobrevida semelhantes à mastectomia. Entretanto, algumas pacientes ainda precisam ser submetidas à mastectomia, seja por contraindicação à cirurgia conservadora, por características e tamanho do tumor ou impossibilidade de realizar radioterapia após a cirurgia.

Conquistas científicas mais recentes proporcionaram às mulheres técnicas de reconstrução imediata com redução do impacto da mutilação causada pela mastectomia. Em muitos casos, conseguimos fazer cirurgias de retirada da glândula mamária com preservação da pele, aréola, mamilo e reconstrução com implante de próteses no mesmo tempo cirúrgico.

Recentemente, a cirurgia oncoplástica fez o tratamento avançar, com a associação de técnicas de cirurgia plástica ao tratamento oncológico. Técnicas como a mamoplastia redutora, por exemplo, ajudam no tratamento oncológico adicionando um ganho estético para a paciente.

A indicação do melhor tipo de cirurgia depende de uma análise complexa e individualizada realizada pelo mastologista. Quanto mais inicial é a doença, melhores são os resultados estéticos e maior é a chance de cura.

Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF)
É um procedimento rápido e pode ser realizado com anestésico local. Na PAAF, é utilizada uma agulha fina acoplada a uma seringa para aspiração. O posicionamento da agulha é comumente guiado por ultrassom. Tem a finalidade de esvaziar lesões císticas (que são lesões de conteúdo líquido) ou de coletar uma amostra de células de uma área da mama ou de um linfonodo para exame.
Biópsia mamária percutânea por agulha grossa (Core-biopsy)
Neste procedimento, são colhidos fragmentos da lesão mamária com uma agulha acoplada a uma pistola especial. Tudo isso é feito sob anestesia local com o controle preciso da ultrassonografia, em tempo real, para evitar complicações e facilitar a coleta de material da área correta. Para biópsias de estruturas superficiais, como é o caso da mama, a recuperação é rápida, podendo ocorrer um pequeno hematoma no local, tratado com aplicação de gelo e compressão.
Marcação pré-cirúrgica guiada por ultrassonografia (Agulhamento)
A marcação pré-cirúrgica é realizada através da introdução de fio metálico na mama (Fio de Kopans), guiada por ultrassonografia. Na extremidade deste fio, há um arpão que se fixa na área que deverá ser retirada na cirurgia. O objetivo deste procedimento é indicar ao cirurgião a localização da lesão quando não é possível detectá-la no exame físico, além de permitir a menor manipulação cirúrgica e a retirada de menor quantidade de tecido mamário sadio.

Reprodução humana

É a especialidade responsável pela investigação e tratamento dos casais que apresentam infertilidade, aqueles que, apesar da prática de relações sexuais regulares, não conseguem engravidar.
Investigação do casal infértil
Mais comum do que parece ser, a infertilidade conjugal está presente em 10% a 15% dos casais em idade reprodutiva. A investigação básica do casal infértil é feita por meio de anamnese (entrevista com o médico especialista), exame físico dirigido, dosagens hormonais, ultrassonografia, histerossalpingografia (exame com contraste da cavidade uterina e tuba uterina) e análise do sêmen (espermograma e capacitação espermática).
Investigação e tratamento dos abortos de repetição
Abortamento de repetição é definido como a perda consecutiva de três gestações, antes que se completem 22 semanas. Apresenta várias causas, como malformações uterinas, alterações genéticas, fatores imunológicos, trombofilias e outras. O tratamento pode em alguns casos resultar em gravidez saudável.
Coito programado
Constitui em uma técnica de reprodução assistida de baixa complexidade e baixo custo, em que as relações sexuais são programadas conforme a ovulação em ciclo natural ou com estimulação ovariana, sendo o melhor período ovulatório determinado por monitoração ultrassonográfica.
Inseminação intrauterina
Consiste na colocação de espermatozoides selecionados (por capacitação espermática) através de um cateter na cavidade uterina, próximo à entrada das tubas uterinas, em sincronia com a ovulação, em um ciclo natural ou com estimulação ovariana.
Fertilização in vitro convencional (FIV)

A fertilização in vitro é a união de um óvulo de uma mulher e um espermatozoide de homem em laboratório. In vitro significa fora do corpo. Fertilização significa que o espermatozoide penetrou no óvulo.

Na fertilização in vitro convencional, o óvulo coletado da mulher é colocado em uma placa dentro de uma incubadora junto com os espermatozoides, para que a fecundação ocorra e posteriori o embrião resultante deste processo possa ser depositado no útero, através de um cateter, monitorado por ultrassonografia.

Microinjeção de espermatozoide no óvulo (ICSI)
A microinjeção de espermatozoide no óvulo constitui a técnica mais avançada no tratamento da infertilidade. A união de um óvulo e um espermatozoide em laboratório é feita por um embriologista, que utiliza-se de uma agulha para transportar o espermatozoide para o interior do óvulo através de um microscópio potente com micromanipulador. O embrião resultante deste processo a posteriori pode ser depositado no útero através de um cateter monitorado por ultrassonografia.
Diagnóstico genético pré-implantacional
O diagnóstico genético pré-implantacional é a retirada de uma ou mais células do embrião antes que este seja transportado para o útero. A análise das células pelas técnicas de PGD (Pre-Implantation Genetic Diagnosis) e o PGS (Pre-Implantation Genetic Screening) é indicada em situações especificas, como história familiar de doença ligada a um gene específico e rastreamento de anormalidades cromossômicas (Síndrome de Patau, Síndrome de Edwards, Síndrome de Down, Síndrome de Turner e outras).
Preservação da fertilidade em homens e mulheres

Mulheres e homens que possam ter a fertilidade comprometida, resultante de uma cirurgia, tratamento por radioterapia e/ou quimioterapia, devem recorrer ao especialista em reprodução humana para que possam preservar a sua fertilidade. As técnicas para preservação da fertilidade são:

Criopreservação de sêmen: técnica simples e consolidada, em que se armazena de 3 a 5 amostras de sêmen em nitrogênio líquido a menos 196ºC, por tempo indeterminado.

Criopreservação de óvulos: armazenamento de óvulos também em nitrogênio líquido a menos 196ºC, coletados após período de estimulação ovariana.

Criopreservação de embriões: técnica em que os embriões são armazenados em nitrogênio líquido a menos 196ºC, também por tempo indeterminado. É a técnica mais empregada na preservação da fertilidade do casal, que passa por todas as fazes de fertilização in vitro, podendo transferir parte dos embriões e armazenar a outra para futura gestação.

Punção de epidídimo e testículo
Para homens que apresentam ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado. Através da punção com agulha de insulina, pode-se pesquisar a presença de espermatozoides no epidídimo e no testículo.

Exames de Imagem

Para sua comodidade, diversos exames de ultrassonografia são realizados na própria clínica.